quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Aprendendo a lidar com conflitos

As pessoas diferem em personalidades, preferências, valores, desejos, necessidades, percepções. Em alguns momentos é comum entrarem em conflito por suas diferenças e discordâncias. Em casa, pais e filhos se desentendem; casais pensam e agem diferentes um do outro. Conviver é uma tarefa complicada. Nas empresas não costuma ser diferente de casa. As pessoas entram em conflitos e nem sempre conseguem resolve-los.
Mas o conflito dentro de uma empresa não é necessariamente ruim, o que define se o conflito é construtivo é nossa maneira de lidar com ele. O conflito pode resultar brigas e até levar `a violência, como também pode ser a base para harmonizar diferenças e criar soluções satisfatórias a todos e a organização, quando as pessoas conseguem conversar e entrar em consenso.
Existem várias maneiras de lidar com conflitos. Algumas pessoas preferem ficar discutindo sem mais soluções, a briga fica interminável. Outras preferem nem se importar com os problemas e apenas ceder. Já pessoas mais sensatas preferem resolver o problema pela forma “amigável” entrando em negociações e consensos que satisfaçam os dois lados. O conflito não resolvido da maneira cautelosa e viável ao bom convívio pode gerar até mesmo guerrilhas e guerra pelo mundo inteiro. Quem dirá dentro de uma empresa! Pode levá-la até a falência.
Um bom líder deverá guiar seus subordinados de forma e entrarem em acordo, caso contrário comprometerá o bom andamento de seus negócios. Quando os conflitos se intensificam pedir ajudas de terceiros é uma boa opção. Segundo Maria Maldonado em muitos países, inclusive no Brasil, cresce a procura pela chamada RAD (resolução alternativa de disputas) para evitar o desgaste do relacionamento, os altos custos e a lentidão do judiciário. Cresce também o número de escolas que procuram capacitar seus alunos como mediadores de conflitos entre colegas e também entre alunos e professores, estruturando os chamados “pactos de convivência”.
Ao resolver os conflitos pela cooperação, as diferenças são reconhecidas, os problemas são redefinidos, as áreas comuns são exploradas e tudo isso prepara o terreno para a busca de soluções que satisfaçam as necessidades de todos. Para isso, é preciso aprender a separar as pessoas do problema. Em outras palavras, atacar o problema sem atacar as pessoas.
Escutar o que os outros tem a argumentar é o primeiro passo para uma resolução sensata. Maria Maldonado também considera que 50% da construção de acordos satisfatórios dependem da escuta. A partir daí, é possível compreender, expressar sentimentos, ter empatia. Portanto, para ir “além das aparências” no conflito, precisamos: •Pesquisar os interesses subjacentes (necessidade de segurança,de reconhecimento, valores – não são negociáveis e, em geral, não são incompatíveis entre as partes) •Focalizar nos interesses e não nas posições (o que as pessoas dizem que querem, e isso é negociável)•Transformar adversários em aliados (“sócios do problema”)•Concentrar em criar alternativas (opções)•Construir o acordo.
Resolver conflitos pode não ser nada fácil, mas é sim uma tarefa possível. Quando nos depararmos com ele, basta controlar a raiva, escutar os outros e assim resolve-lo. Pois toda briga necessita que desenvolvamos um inteligência emocional, para saber lidar com nossa emoções e enfim com os conflitos.